(Texto
construído a partir das discussões com o grupo de professoras nos HTPC’s dos
dias 11 e 18/04/2016)
As crianças
têm potencialidades, são competentes e curiosas. Trabalhar pautado nessa
concepção é fundamental para constituir uma escola que queira impulsionar as
crianças a usarem as suas capacidades para prever, resolver problemas,
planejar, encontrar soluções, organizar seu trabalho, estabelecer relações e
compreender como funciona o mundo, construindo sua história.
1. Como a criança aprende?
A criança é um
ser capaz de aprender desde o momento em que nasce. Dessa forma, ao chegar à
escola, ela traz uma bagagem de conhecimentos adquiridos com as experiências
vividas.
Considerando
os conhecimentos prévios das crianças, a escola precisa ser um espaço rico,
provocador, o lugar da cultura mais elaborada. O trabalho do professor deve ser
intencional, para propor situações provocativas com desafios possíveis,
proporcionando às crianças a construção de novos saberes.
A aprendizagem
acontece à medida que as crianças...
estabelecem
relações com os objetos, pessoas, situações que acontecem à sua volta,
interagem com eles e vão percebendo suas características, para que servem...e,
com isso, aprendem (MELLO).
Por sabermos
que a aprendizagem de fato acontece quando há envolvimento com o conteúdo a ser
aprendido, o currículo gerado pelas crianças é a forma
mais envolvente de se trabalhar algum assunto com a turma.
Dessa forma, o professor precisa
estar atento aos sinais que as crianças
demonstram, para planejar propostas que vão ao encontro de
seus interesses.
2. O que é importante que a criança aprenda?
A criança está em pleno desenvolvimento e ávida por aprender. A
intencionalidade do professor no processo de ensino e aprendizagem é
fundamental para criar propostas que partam ou despertem o interesse das
crianças e promovam aprendizagens significativas.
Considerando o
que a criança já traz de conhecimento adquirido nas experiências vividas, o
professor deve envolvê-la na busca por um conhecimento que vá além do que já
sabe, repertoriando e ampliando as experiências das crianças, logo, suas
aprendizagens. Partindo do
interesse das crianças, o professor planeja propostas que contemplam os conteúdos
trazidos nos referenciais teóricos que embasam o trabalho na educação infantil.
Sendo assim, o trabalho com crianças prevê propostas que contemplem o
movimento, a música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e
sociedade e a matemática. Ao abordar esses conteúdos é preciso que o professor
planeje propostas em que as crianças irão experienciar cada um deles,
participando ativamente da proposta. Afinal, a aprendizagem só se dá quando ela
está envolvida no processo.
A socialização
e autonomia são conteúdos que perpassam as áreas de experiências, sendo elas
objeto de trabalho durante toda a educação infantil. Com a socialização sendo
amplamente abordada no dia a dia da criança, ela passa a conhecer novos
valores, vê a necessidade de se comunicar e resolver seus conflitos e situações problemas
que vivencia em sua rotina escolar.
Nesse processo, a criança trabalha
a organização de pensamento e
linguagem, o que contribui para sua independência e construção da autonomia,
principalmente no que diz respeito à autonomia do pensamento.
O papel de estimular e mediar, pois a partir do momento em que
cria um espaço rico e provocador, despertando o desejo de explorar e descobrir,
a criança atribui sentido ao que se vive.
O papel de fornecer
informações, uma vez que, a criança desde bem pequena, já tem acesso aos
valores culturais que a cerca, cabendo
a nós ampliar, elaborar, somar novas informações e meios para que elabore sua cultura.
O papel de
validar as aprendizagens, tornando-as prazerosas, percebendo as
possibilidades e não as impossibilidades das crianças. A inteligência e a
personalidade são formadas pelas experiências que as crianças vivem. É
necessário refletir com frequência sobre o que estas crianças precisam, quais
aprendizagens queremos para elas e como faremos para que se desenvolvam neste
sentido.
O professor
precisa ouvir as crianças, apoiar suas ideias e desafiar seus
pensamentos.
Ter uma
prática reflexiva e uma postura menos centralizadora é essencial para que
mudanças se concretizem de forma a agregar avanços significativos às crianças
que atendemos. Dessa forma, entendemos que dar às crianças a oportunidade de se
tornarem autônomas, permitindo-lhes tomar decisões, significa promover
aprendizagens tendo as próprias crianças como parceiras nesse processo. Assim,
o professor assume um papel de mediador do processo ensino – aprendizagem,
planejando e propondo atividades juntamente com as crianças.
O trabalho com as crianças pequenas precisa levar
em conta o brincar, atividade de
tal importância para a faixa etária, estando presente na indicação de
diferentes documentos normativos e orientadores do trabalho na educação
infantil. Além disso, as propostas devem ser significativas, prazerosas,
realizadas em um espaço lúdico e organizado, onde o professor se apresenta como
mediador. A postura do professor vai ao encontro
de lançar propostas desafiadoras, empenhar-se para conhecer cada criança, desenvolver nelas a
criticidade, a responsabilidade e a cooperação, desafiando-as a pensar e
planejar a rotina juntamente com o professor.
Organizar o espaço de forma intencional para uma determinada proposta contribui para que o professor consiga ao mesmo tempo
em que propõe uma atividade, intervir individualmente com as crianças, observar suas ações, registrar encaminhamentos e mediar
situações para promover
avanços. Dessa forma,
o espaço planejado se torna um
segundo educador.
Legal gostei muito parabéns pelo trabalho lindo de toda equipe minha filha ama de mais essa escola 🥰
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